Education and Training for Digital Inclusion in Prisons in Portugal.
Educação e Formação para a Inclusão Digital em Estabelecimentos Prisionais em Portugal.
Ana Machado* and Angélica Monteiro*.
*) Centro de Investigação e Intervenção Educativas, Universidade do Porto.
DATES
CITATION
Machado, A., Monteiro, A. (2023). Educação e Formação para a Inclusão Digital em Estabelecimentos Prisionais em Portugal. Video Journal of Social and Human Research 2(2),36-46. https://doi.org/10.18817/vjshr.v2i2.31
ABSTRACT
Considering the European Union’s commitment to substantially increase the involvement of the adult population in Lifelong Learning processes, thus providing an increase in the level of qualification through the development of key competences such as digital competence, the study in focus in this article involved two Portuguese prisons and aimed to identify the potential and limitations of training with technological resources for the development of digital and citizenship competences and to understand the motivations of inmates in participating in training supported by digital technologies and with what expectations they do so. From an empirical point of view, the study used questionnaires and interviews with adult inmates who had attended training sessions as part of two ongoing projects in Portugal. The study identified advantages in attending hybrid training courses with a distance component, such as overcoming geographical and time barriers, flexible schedules and responsibility in the construction of knowledge, as well as contributing to the development of digital skills, communication, interactivity, sharing, autonomy and occupation of time. However, limitations related to lack of Internet access, prison routines and lack of motivation were also identified.
Considerando o compromisso da União Europeia de aumentar substancialmente o envolvimento da população adulta em processos de Aprendizagem ao Longo da Vida, proporcionando, assim, o aumento do nível de qualificação através do desenvolvimento de competências-chave como a competência digital, o estudo em foco neste artigo envolveu duas prisões portuguesas e teve como objetivos identificar potencialidades e limitações da formação com recursos tecnológicos para o desenvolvimento de competências digitais e de cidadania e perceber quais as motivações dos/as reclusos/as em participar em formações apoiadas por tecnologias digitais e com que expectativas o fazem. Do ponto de vista empírico, o estudo recorreu a questionários e entrevistas a adultos/as reclusos/as que frequentaram ações de formação no âmbito de dois projetos em curso em Portugal. O estudo identificou vantagens na frequência de cursos de formação híbridos, com componente à distância, como a superação de barreiras geográficas e temporais, a flexibilidade de horários e a responsabilidade na construção do conhecimento, contribuindo ainda para o desenvolvimento de competências digitais, comunicação, interatividade, partilha, autonomia e ocupação do tempo. No entanto, foram também identificadas limitações relacionadas com a falta de acesso à Internet, as rotinas estabelecidas nas prisões e a desmotivação.
KEYWORDS
Education and Training; Digital technologies; Digital inclusion; Lifelong Learning; Prison
Educação e Formação; Tecnologias digitais; Inclusão digital, Aprendizagem ao Longo da Vida; Prisões
